Franca
Bonjour Paris! Uma escapadinha fabulosa à cidade do amor
Olá, companheiros de viagens! Enquanto recordamos os nossos dias na cidade do amor, mal conseguimos acreditar que já passou um mês desde a nossa escapadinha romântica.
Embora o João tivesse inicialmente planeado um fim de semana na Disneyland (o presente de aniversário dele para mim este ano), concordámos em prolongar a nossa estadia para aproveitar alguns dias extra em Paris, para celebrar o nosso 1º aniversário de casamento.
Passámos 3 dias a visitar os diversos bairros de Paris e 2 dias inteiros na Disneyland, num total de 5 noites (3 em Paris, 2 na Disneyland). Escolher voos de partida e chegada cedo foi essencial para maximizar o que podíamos fazer no tempo livre que tínhamos disponível.
Já tinham passado 8 anos desde a minha última visita a Paris. Sem dúvida, a cidade preserva a sua beleza intemporal e encanto irresistível, revelados em cada um dos seus bairros: o charme artístico de Montmartre, a atmosfera vibrante de Le Marais, o espírito boémio de Saint-Germain-des-Prés e o ambiente sofisticado dos Champs-Élysées. Absorvemos tudo isto e desfrutámos imenso do nosso tempo em Paris, mas também experienciámos os problemas de estar numa das mais populares atrações turísticas do mundo: as multidões eram avassaladoras, as filas pareciam nunca ter fim, e algumas zonas da cidade estavam malcheirosas e pouco limpas.
Aceite o nosso convite e acompanhe-nos nesta viagem enquanto desvendamos a nossa escapadinha parisiense, explicando como combinámos Paris e a Disneyland em 5 dias!
De Montmartre a Notre Dame
Depois de um voo matinal a partir do Porto com a Transavia, aterrámos no Aeroporto de Orly ansiosos por chegar à cidade o mais cedo possível. O aeroporto não tinha instruções claras sobre onde comprar bilhetes de comboio, o que nos atrasou ligeiramente. Eventualmente, conseguimos localizar a estação do Orlyval, onde apanhámos um comboio para Antony; a partir daí, seguimos para a Gare du Nord no RER e, em seguida, apanhámos o metro para a Place de Clichy, o nosso destino final.
Para a nossa estadia em Paris, escolhemos o Ibis Montmartre 18ème, embora não tivesse o luxo de outros hotéis parisienses, satisfez as nossas necessidades de conforto e acessibilidade. Convenientemente localizado em Montmartre, o hotel fica a de três minutos a pé da Place du Clichy, a cinco minutos do Cimetière de Montmartre e a três minutos do Moulin Rouge; proporcionou-nos uma base ideal para explorar a cidade, com ligações rápidas de metro para outros bairros de Paris.
Depois de fazer o check-in no Ibis Montmartre, partimos para um passeio tranquilo pelas encantadoras ruas de Montmartre, em direção ao The Hardware Societé para um brunch bem merecido. Este café de origem australiana, está a deixar a sua marca no bairro de Montmartre, com fusões de sabores australianos e franceses, num ambiente agradável – paredes pintadas em tons pastel, mobiliário em madeira leve, louças coloridas, janelas românticas com vista para a cidade e néons divertidos, tudo contribui para o estilo elegante deste espaço.
Optámos por um suculento toucinho de porco com ovos fritos e uma deliciosa burrata – a carne estava tenra, os ovos perfeitamente cozinhados e a burrata era cremosa e rica em sabor. A única coisa menos perfeita foi o expresso, que estava demasiado queimado.
Com os níveis de energia reposta, subimos as escadas até à Basílica de Sacré-Coeur. Localizada no topo da colina de Montmartre, esta deslumbrante basílica, com a sua arquitetura romano-bizantina, é conhecida pela sua impressionante fachada branca e pelas vistas deslumbrantes de Paris. Os arredores estão sempre cheios de turistas, por isso é importante estar atento aos amigos do alheio.
Decidimos não entrar no Sacré-Coeur, em vez disso, contornámos o impressionante edifício e fomos à procura da Vinha de Montmartre. A vinha cobre uma área relativamente pequena, com 1.550 metros quadrados raramente está aberta ao público, é a mais antiga e atualmente a última vinha no centro de Paris. Escondida entre a Rue des Saules e a Rue Saint Vincent, na sua vizinhança encontrámos também o Lapin Agile (o bar-cabaret mais antigo de Paris, ainda em funcionamento) e a Maison Rose (um café cor-de-rosa frequentado por muitos artistas no início do século XX, incluindo Pablo Picasso, Maurice Utrillo e Albert Camus).
Subindo novamente até ao ponto mais alto de Montmartre, dirigimo-nos à Place du Tertre, uma pitoresca praça onde talentosos pintores se reúnem para mostrar o seu trabalho. Esperávamos comprar uma pintura de Paris, mas ficámos um pouco desapontados, pois a maioria dos artistas era especializada em retratos (e, por mais que tivéssemos adorado o trabalho deles, não conseguíamos imaginar o nosso retrato pendurado na parede da nossa sala de estar😅).
Descendo a colina, caminhámos em direção à Place des Abbesses onde encontrámos uma atração em ascensão, o “mur des je t’aime“. A parede, com 40 metros quadrados, é composta por 612 azulejos, onde a palavra “amo-te” aparece 311 vezes em 250 idiomas. Esta obra de arte ganhou popularidade devido à sua aparição na série da Netflix “Emily in Paris“. Do outro lado da rua, a Eglise Saint Jean de Montmartre é uma das primeiras igrejas de betão armado. Esta igreja Art Nouveau, está decorada com pinturas impressionantes, e proporcionou-nos um momento de tranquilidade no meio das movimentadas ruas de Montmartre.
Antes de nos despedirmos de Montmartre, decidimos visitar o Moulin Rouge, o famoso cabaré conhecido pelo seu icónico moinho vermelho no telhado e pelas lendárias danças de can-can. Embora as performances do cabaré se mantenham extravagantes e glamorosas, não pudemos deixar de notar que os arredores do edifício são um pouco sombrios, com uma rua ladeada por lojas antigas e decadentes de vídeos e produtos para adultos. Apesar da envolvente, o Moulin Rouge continua a impressionar audiências de todo o mundo. Não foi surpresa por isso que os bilhetes estivessem esgotados durante toda a nossa estadia em Paris! Recomendamos vivamente que voltem para visitar o Moulin Rouge à noite, onde os neóns vermelhos elevam a experiência a um novo nível.
Caminhando em direção a Notre Dame, onde esperávamos chegar antes do pôr do sol, passámos pela Ópera, ficámos maravilhados com o seu esplendor arquitetónico, e explorámos brevemente os 3 edifícios das Galeries Lafayette.
- Galerias Lafayette Haussmann: o icónico edifício principal apresenta um deslumbrante teto abobadado de vidro, albergando uma ampla seleção de marcas de moda de luxo e boutiques de designer.
- Galerias Lafayette Homem: Destinado especificamente à moda masculina, este edifício oferece uma sofisticada experiência de compras com uma coleção selecionada de roupas de alta qualidade para homens, acessórios e produtos de beleza.
- Galerias Lafayette Gourmet: O paraíso dos amantes da comida, este edifício oferece uma variedade requintada de delícias gourmet, desde queijos e chocolates artesanais até vinhos finos e produtos frescos.
A precisar de uma cerveja fresca, fizemos uma paragem rápida no “Le Capucine“, em frente ao famoso L’Olympia, antes de continuarmos a nossa viagem em direção à Place de Vendôme, comtemplámos as lojas de inúmeras marcas de luxo e admirámos os hotéis icónicos da cidade, incluindo o Ritz Paris. A Rue de Rivoli levou-nos então ao pitoresco Jardin des Tuileries, animado apesar de ser um fim de tarde de dia de semana. Vimos o Louvre ao fundo do jardim e continuámos a caminhada ao longo da margem do rio, onde parisienses e turistas desfrutavam do fim de dia com petiscos e bebidas.
Atravessámos a Pont au Change ao pôr do sol, chegados a Notre Dame sentámo-nos na grande bacanda montada depois do incêndio para observar os trabalhos de restauro. Apesar dos andaimes, vislumbres de partes já restauradas encheram-nos de esperança para o futuro da catedral. Grandes fotos de Notre Dame após o incêndio decoravam as barreiras de proteção, mostrando importantes zonas da catedral miraculosamente preservadas no meio de uma destruição tão grande.
Exaustos depois de um longo dia, deliciámo-nos com o tipico Croque Madame e uma Sopa de Cebola no Restaurante Le Metro, com vista para o movimentado Bairro Latino, mesmo antes de apanharmos o metro de volta ao hotel.
NAVEGUE PELA CIDADE DAS LUZES COM O NOSSO MAPA
Francisca Peixoto
A Francisca é uma amante de viagens, que combina o seu talento natural para o planeamento com uma rigorosa atenção aos detalhes, não deixa nada ao acaso nas nossas aventuras. Seja a criar o itinerário perfeito, a descobrir lugares maravilhosos ou a procurar a melhor experiência culinária, a organização impecável de Francisca torna todas as nossas viagens inesquecíveis. Quando não está a viajar, gosta de passar tempo com a familia e amigos. É a anfitriã perfeita, adora juntar pessoas e sabe como proporcionar jantares memoráveis. É super ocupada, por isso desafio-te a tentar marcar algo na sua agenda sem pelo menos uma semana de antecedência. Acredita em mim, não vai ser uma tarefa fácil!