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  >  Escapadinhas   >  Entre Les Halles e o Palais Royale – Último dia em Paris 

France

From Galettes to Galleries: A Vibrant Finale to Our Parisian Adventure

E assim chegou segunda-feira, o nosso último dia em Paris. O voo de regresso partia já de noite, o que nos permitiu tirar melhor partido do dia. Aproveitámos para revisitar os nossos locais preferidos, fazer algumas compras e experimentar a energia da cidade num dia de semana. Deixámos as malas no hotel em Montmartre, certificando-nos de que tínhamos tempo suficiente para regressar ao hotel antes de partir para o aeroporto.

Começámos a manhã com uma visita à BO&MIE, na R. de Turbigo. Especializada em pão de fermentação natural e pastelaria francesa, esta boulangerie criativa procura equilibrar a eco-responsabilidade com preços acessíveis. O menu muda a cada 6-8 semanas para respeitar a sazonalidade dos ingredientes. No horário em que fomos estava muito movimentada com locais apressados em busca de opções rápidas e saudáveis não só de pequeno-almoço, mas também de almoço. Apesar de só termos tomado o pequeno-almoço, a oferta de almoço pareceu-nos deliciosa, com quiches, sanduíches, saladas e tartines. A relação qualidade-preço era excecional e o café e o croissant foram os nossos favoritos durante toda a viagem.

Consolados com o pequeno-almoço, avançámos para uma maratona de window shopping. Primeira paragem: Les Halles. Até 12 de janeiro de 1973, Les Halles foi o principal mercado de frescos de Paris, tendo sido demolido e substituído por um centro comercial subterrâneo polémico, que me lembro de ter visitado com os meus pais em 2003. Esse edifício foi novamente demolido em 2010 e substituído pelo Westfield Forum des Halles, um moderno centro comercial subterrâneo, diretamente ligado ao gigantesco nó de transporte RER e Metro de Châtelet–Les Halles. Na parte de trás de centro comercial, espreitámos uma das lojas da cadeia holandesa Hema, conhecida por ter tralha acessível e variada, desde brinquedos de criança a acessórios de casa.

Gostamos sempre de comprar uma gravura que ilustre cada uma das nossas viagens. Por isso voltámos à galeria de arte “Carré d’Artistes – Marais”, na Rua Vieille du Temple, onde já tinhamos estado quando jantámos no famoso restaurante “Les Philosophes”. Esta galeria no Marais é uma das galerias de arte da rede “Carré d’Artistes” que oferece uma seleção de obras de arte certificadas a preços variados. Com mais de 40 galerias espalhadas por França, promove o trabalho de mais de 600 artistas emergentes de todo o mundo. Estava fechada quando passámos a primeira vez, no dia em que jantámos no “Les Philosophes”, mas a montra chamou-nos a atenção e por isso decidimos regressar.

Com a nossa nova pintura cuidadosamente guardada, aventurámo-nos pela Rue de Rivoli, assim nomeada em memória da vitória triunfante de Napoleão na Batalha de Rivoli. Maioritariamente comercial, nela figuram, lado a lado, marcas de alta-costura e de fast-fashion, numa extensão aproximada de 3km quilómetros. Ao aproximarmo-nos da interseção com a Rue du Pont Neuf, fomos surpreendidos por uma gigante instalação artística em frente à sede da Louis Vuitton. Representando a artista contemporânea Yayoi Kusama, a gigante figura parece pintalgar o edifício da sede da marca com toques de cores vivas, numa alusão à estampa principal da nova colaboração da artista japonesa com a marca. A sede da marca fica mesmo em frente à Samaritaine, um dos mais antigos armazéns de Paris, localizado num icónico edifício Art Nouveau, recenetemente recuperado.

Seguimos embalados para o Jardin du Palais Royal, fazendo uma pequena paragem para ver o escritório “Savoir” da série Emily em Paris. Localizado muito perto do jardim, o escritório fictício é outro local “instagramável” para os fãs da série Netflix. O Palais Royal, em tempos residência de famílias reais, alberga hoje importantes instituições como o Conselho de Estado, o Ministério da Cultura e o Teatro da Comédie Française. O seu jardim sereno é o local ideal para um passeio tranquilo, à sombra das elegantes árvores de tília e castanheiros. Perto da hora de almoço, os originais bancos duplos de jardim, com citações de obras gravadas, enchem-se de locais a almoçar.

Dirigimo-nos então para Saint-Germain-des-Prés onde optámos por almoçar, passando pela Place du Carrousel onde espreitámos a Pirâmide do Louvre. Depois de atravessarmos a Pont du Carrousel e continuarmos pela Rue Dauphine, chegámos ao encantador Breizh Café na Rue de l’Odéon. Propriedade de um casal franco-japonês, o local é conhecido pelas suas galettes de trigo-sarraceno e crêpes doces. A oferta é variada, incluindo desde crepes clássicos de ovo, presunto e queijo a combinações de sabores mais irreverentes. O serviço foi um pouco lento, mas o pessoal era amigável e a comida deliciosa. A convidativa área de esplanada – muito à moda de Paris – proporcionou o cenário perfeito para partilharmos os nossos momentos favoritos da viagem e refletirmos sobre o nosso primeiro ano de casados, antes de nos despedirmos da cidade.

NAVEGUE PELA CIDADE DAS LUZES COM O NOSSO MAPA

O João tem uma mente curiosa e um dom especial para interpretar as pessoas e as situações à sua volta. Com a sua presença silenciosa e discreta, pode às vezes ser interpretado como distraído ou tímido, mas geralmente está a obserar detalhes que escapam aos outros. Ele é a alma do Unselfish Travel Blog, o fotógrafo incansável e o sonhador eterno. Quando não está a viajar, pode ser encontrado numa livraria ou a escrever para um de seus muitos blogs sobre tecnologias Microsoft. Tem o entusiasmo de uma criança e a eficiência de um adulto, o que o torna minha pessoa favorita para viajar – tanto pelo mundo como pela vida.